Trinta e seis países com contas sob restrições: embaixada moçambicana em Washington diz não ter conhecimento oficial

A Embaixada de Moçambique em Washington receia que as suas contas bancárias sejam congeladas, à semelhança do que aconteceu às da missão diplomática angolana na capital americana.
O conselheiro comercial da embaixada moçambicana na capital americana, Luís Sitói, admitiu à estação pública americana Voz da América (VOA), ter visto uma lista não oficial em que a embaixada de Moçambique é mencionada.
Pelo menos 16 outras representações diplomáticas africanas em Washington já foram afectadas pelo mesmo procedimento, tal como 20 de outros continentes, também alvo de restrições impostas por grandes bancos norte-americanos.
"O Departamento de Estado lamenta profundamente os inconvenientes, em alguns casos muito graves, a que embaixadas africanas e outras têm sido sujeitas, devido a acções de uma série de bancos comerciais americanos", disse segunda-feira o secretário de Estado adjunto, Johnnie Carson, segundo o qual se está à procura de uma solução para este problema.
A embaixadora de Angola em Washington, Josefina Pitra Diakité, que ocupa este cargo desde 2001, solicitou o apoio da secretária de Estado, Hillary Clinton. E os empresários norte-americanos com negócios em território angolano manifestaram a sua preocupação tanto à Administração de Barack Obama como aos bancos.
Se bem que algumas das embaixadas afectadas por restrições - as quais se referem inclusive às de Cabo Verde, Guiné Equatorial, Moçambique e Namíbia - ainda não tiveram as suas contas realmente encerradas, as de Angola e de outros países já não conseguem ter acesso a quaisquer fundos que tinham depositados nos Estados Unidos.
Angola, que no ano passado ultrapassou a Nigéria como o principal produtor africano de petróleo em bruto e se tornou no sexto fornecedor do petróleo importado pelos Estados Unidos, não deixou de ser alvo de alegações de corrupção generalizada entre os seus governantes e nos sectores petrolífero e bancário.
"Sem acesso a serviços bancários, a embaixada de Angola não pode operar normalmente, nem desempenhar as suas funções diplomáticas", disse à VOA uma fonte ligada a este processo.



(RM e Agências)

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