G20 contra desvalorização competitiva das suas moedas

OS líderes das 20 economias mais desenvolvidas do mundo comprometeram-se ontem a evitar a desvalorização competitiva das respectivas moedas e manifestaram-se prontos a adoptar novas regras bancárias, com o objectivo de tornar as instituições financeiras mais resistentes.
Maputo, Sábado, 13 de Novembro de 2010:: Notícias

A actual crise económica e financeira que está a afectar a generalidade do mundo foi o tema sempre presente na cimeira do G20, que terminou ontem em Seul, depois de dois dias de longos debates, com os respectivos dirigentes a manifestarem preocupação pelas instituições financeiras sistémicas, ou seja, as que representam um risco para o restante sistema financeiro caso apresentem problemas.
Durante os dois dias em que debateram os problemas que as economias mundiais enfrentam actualmente, os líderes do G20 anunciaram a aplicação de novas regras aos bancos, regras essas baptizadas com o nome de Basileia III, as quais deverão entrar em vigor a partir de 2013 e incluir o aumento dos fundos próprios das instituições bancárias até 1 de Janeiro de 2015. Outro dos temas em debate, e que se reflectiu no comunicado final divulgado, foi a importância da coordenação das políticas económicas num mundo globalizado, com os líderes a alertarem que a ausência de uma acção conjunta poderá ter consequências desastrosas “para todos”. Nesse sentido, e em jeito de exemplo da acção que deverá existir no futuro, os dirigentes das mais importantes e poderosas economias mundiais comprometeram-se a evitar “desvalorizações competitivas” das suas moedas.
Entretanto, a pensar no caso da Irlanda, embora sem a nomear, os ministros das Finanças de cinco países europeus - Alemanha, França, Espanha, Itália e Reino Unido - emitiram uma declaração à margem da Cimeira do G20, que se destinava a tentar recuperar a confiança dos mercados, inquietos com a situação política e financeira irlandesa.
A reunião do G20 serviu ainda para os líderes mundiais se comprometerem de que tudo farão para garantir o êxito da conferência mundial sobre clima, que irá decorrer em no México, no final deste mês, a qual se destina a limitar o aquecimento do planeta.
No final da cimeira, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, – que irá assumiu a presidência do G20, - comprometeu-se a desempenhar as funções com “responsabilidade e realismo”, embora admitindo que os objectivos que irá enfrentar são “colossais”.
O G20 integra as economias de 19 países (Alemanha, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, EUA, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Reino Unido, Turquia) e a União Europeia.

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