Caso Ayob: Investigadores da PIC enviados para a Swazilândia

O Ministério do Interior de Moçambique enviou uma equipa de alto nível da Polícia de Investigação Criminal (PIC) para a Swazilândia para investigar o caso do empresário moçambicano, Momed Khalid Ayoob, preso na semana passada pela polícia daquele país na posse de cerca de três milhões de dólares, em notas.

Citado na edição desta terça-feira do jornal "O Pais", o vice-ministro do Interior, José Mandra, disse que o governo tomou conhecimento da prisão de Ayoob através da delegação da Interpol, em Maputo, e que tinha decidido enviar à Swazilândia "uma equipa PIC com especialistas neste tipo de crime ".

Momed Khalid Ayoob estava a caminho de Dubai, onde ele afirma ter interesses comerciais. Disse à polícia Swazi que os os três milhões de dólares tinham sido pagos por clientes que fazem compras nos seus vários negócios em Maputo.

A exportação de avultadas somas em dinheiro não declarado é crime em Moçambique e na Swazilândia. O montante máximo de dinheiro que um viajante é autorizado a realizar em Moçambique é de 5.000 dólares, ou o equivalente em outras moedas.

José Mandra, disse que qualquer decisão sobre a extradição Ayoob para Moçambique dependerá do trabalho dos peritos da polícia dos dois países. Mas ele pensa que não seria necessário, uma vez que Ayoob poderia ser julgado num tribunal da Swazilândia. Se condenado à uma pena de prisão, ele poderia, ao abrigo do Protocolo da SADC (Comunidade para o Desenvolvimento do Sul Africano) em matéria de extradição, cumprir a pena numa prisão moçambicana.

Membros da família Ayoob tem sido apanhados na transferência ilegal de grandes somas de dinheiro. O irmão de Khalid, Macsud, foi detido em 2002 no aeroporto de Maputo, na posse de mais de um milhão de dólares em notas. Este dinheiro também estava para ser levado para Dubai.

Os irmãos Ayoob foram acusados no passado de tráfico de droga em Portugal.

(RM/AIM)

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