Piratas somalis ameaçam Tanzania e Moçambique

A MARINHA de Guerra das Forças Populares de Defesa da Tanzania (TPDF) abortaram recentemente três tentativas de sequestro, a última das quais na passada terça-feira, perpetradas por piratas somalis ao largo da costa da região de Mtwara, junto à fronteira com Moçambique. Segundo a agência de Informação de Moçambique (AIM), os últimos incidentes estão a provocar uma certa apreensão junto das autoridades tanzanianas, pois perigam o curso da pesquisa de petróleo na região sul daquele país vizinho.

De acordo com a AIM, a ameaça dos piratas ficou bem patente na última terça-feira quando eles tentaram atacar um barco militar das TPDF, o que indica o incremento das suas actividades ao largo da costa oriental de África. As autoridades locais confirmaram a ocorrência de dois outros incidentes reportados durante o fim-de-semana, quando, aparentemente, um grupo de piratas tentou atacar uma embarcação das TPDF e sequestrar um outro barco envolvido na pesquisa de petróleo.

O director de informação e relações públicas das TPDF, o tenente-coronel Kapambala Mgawe, disse que a marinha tanzaniana repeliu o ataque, com a maioria dos piratas a escapar. “Eles dispararam contra o barco sem saber que havia soldados a bordo, que retaliaram e conseguiram sobrepor-se aos atacantes. De seguida, os piratas puseram-se em fuga depois de se aperceberem que não estavam em condições de enfrentar os nossos militares bem treinados”, disse acrescentando que “estamos satisfeitos pelo facto de ninguém do nosso lado, ter ficado ferido durante o incidente”.

No domingo passado, um outro grupo de piratas atacou uma embarcação militar tanzaniana e um barco de pesquisa de petróleo. Mgawe disse que as TPDF capturaram um suspeito.

Segundo um relatório da polícia, o incidente de domingo registou-se a cerca de 70 milhas náuticas, ao largo da costa de Mtwara, no sul da Tanzania, numa área onde a empresa britânica Ophir Energy está a pesquisar petróleo.

Em Maio ultimo, o Governo tanzaniano anunciou que decidiu julgar em tribunal os piratas somalis capturados, uma medida que surge em resposta a um apelo da União Europeia lançado a outras nações da região para partilharem o fardo financeiro e de segurança com o Quénia e Ilhas Seicheles.

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