“Hoje não são os rebeldes que estão em guerra, é a UNOCI que a faz”, afirmou, apelando por isso à criação de “comités de autodefesa nos bairros”.
Na Costa do Marfim, e na capital do país, Abidjan, em particular, têm recrudescido desde há mais de uma semana manifestações e acções de violência entre partidários de Gbagbo e forças militares leais a Alassane Ouattara, Presidente eleito e reconhecido pela comunidade internacional.
Num comunicado divulgado após a reunião do conselho de ministros, na quinta-feira, o governo de Gbagbo condenou “a atitude das forças da ONU cúmplices da infiltração de ‘rebeldes’ em diversos bairros de Abidjan.
Enquanto isso, fortes tiroteios foram ouvidos na capital política da Costa do Marfim, Yamoussoukro, fruto de confrontos entre as forças leais ao presidente Laurent Gbagbo e habitantes de um bairro que apoia Alassane Ouattara, segundo testemunhas.
As patrulhas das Forças de Defesa e Segurança (FDS), leais a Gbagbo, foram alvo de disparos durante a noite no bairro de Diulabugu. Em seguida, começou um tiroteio que durou até a manhã do dia seguinte, indicaram à AFP fontes da FDS.
Desde o início da crise política no país, provocada pelas eleições presidenciais de Novembro, vários confrontos já ocorreram entre a FDS e os partidários de Alassane Ouattara.